DISPOSITIVO DE COLONIALIDADE NO BRASIL: VIDAS MATÁVEIS NO INTERIOR DAS COLÔNIAS

Resumo

O presente artigo discorre sobre a condição de existência do negro e  do indígena imposta pela escravidão no colonialismo brasileiro, que resulta naquilo que denominamos de dispositivo de colonialidade, dispositivo esse que passa a ser a regra dentro das colônias. Esse dispositivo é uma maquinaria de morte que será fundamental e basilar na economia e na formação da sociedade colonial. Ele consistirá em ações deliberadas de fazer morrer o corpo negro e indígena.  Para atingirmos nosso objetivo, nos apoiamos  nas obras de Achile Mbembe, Michel Foucault, Giorgio Agamben, Frantz Fanon, Jaques Derrida, Enrique Dussel, Suely Carneiro, entre outros autores. Como resultado, constatamos que o dispositivo de colonialidade operou como uma tecnologia de morte da população negra e indígena, sendo central na produção dos mecanismos de subjetivação da sociedade baseada no escravismo. No interior das colônias, predominou uma política racista de violência mobilizada pelo aparato estatal que impôs à população negra e indígena zonas de exceção e consequente aniquilação desses corpos, transformando-os em vidas matáveis.

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Biografia do Autor

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Doutor em Educação em Ciências e Saúde – Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

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Doutora em Educação, Columbia University. Professora associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora e Coordenadora do  Laboratório de Linguagens e Mediações do NUTES/UFRJ.

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Doutora em Educação em Ciências e Saúde – Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

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Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro- PUC

Publicado
2023-01-24
Como Citar
CAVALCANTI, Marcus Alexandre et al. DISPOSITIVO DE COLONIALIDADE NO BRASIL: VIDAS MATÁVEIS NO INTERIOR DAS COLÔNIAS. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 7, n. 1, p. 87-110, jan. 2023. ISSN 2594-8261. Disponível em: <https://lexcultccjf.trf2.jus.br/index.php/LexCult/article/view/686>. Acesso em: 22 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v7n1p88-111.