A MULHER NA SOCIEDADE: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA RECONSTRUÇÃO DO DISCURSO

Resumo

A linguagem e os sentidos das palavras não são convenções aleatórias. Elas representam a ideologia vigente e dominante na sociedade e trazem consigo uma perspectiva histórica de poder. Não é à toa, por exemplo, que a palavra gênero seja tão debatida/disputada na sociedade, entre uma falácia denomina de “ideologia de gênero”, considerada como uma doutrinação que visa destruir a família brasileira,  e a igualdade de gênero, que constitui-se em uma luta por igualdade de direitos entre mulheres/meninas e homens/meninos. Entender o significado da palavra gênero, sua origem cultural e histórica é primordial para que possamos entender que as discriminações de gênero  são construídas socialmente, a partir do machismo e misoginia, e não biologicamente. Nesta mesma perspectiva, há a naturalização de tomar como sinônimos as palavras trabalho e emprego, assim desvalorizando-se cada vez mais os trabalhos reprodutivos, que são na maior parte das vezes realizados por mulheres, o que gera um acúmulo de jornadas de trabalhos e, em alguns casos, restringe a atuação das mesmas ao espaço privado/doméstico invisibilizado. Neste trabalho, apresentamos esses conceitos e discutimos, a partir de algumas práticas realizadas por nós, uma possibilidade de intervenção pedagógica em espaços escolares, baseada nesses conceitos, com a finalidade de esclarecer e possibilitar mais diálogos sobre a igualdade de gênero. Não centralizamos o trabalho na descrição da intervenção pedagógica, mas sim em conceitos que julgamos essenciais de serem discutidos, para que cada educador possa repensá-la para os seus espaços de atuação. 

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Biografia do Autor

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Graduando em Licenciatura em Filosofia pela UFPEL - Universidade Federal de Pelotas. Possuo graduação em Gestão da Tecnologia da Informação pela Universidade da Região da Campanha (2014). Especialista em Gestão e Inovação em Agronegócio pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Mestre em Educação Profissional Tecnológica pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha- PROFEPT. Atualmente é técnico administrativo em educação da Universidade Federal do Pampa. 

Cíntia Saydelles da Rosa

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2007) e mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica Toxicológica) pela Universidade Federal de Santa Maria (2010). Atua como Técnica administrativa em Educação, no cargo de técnica de Laboratório, na Universidade Federal do Pampa. É integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo e do Grupo de Pesquisa TUNA- Gênero Educação e Diferença, da UNIPAMPA.

Ana Paula Cocco Bastos

Graduada em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Universidade da Região da Campanha- URCAMP (2013). Participou como voluntária, em 2013 , do Projeto de Inventário de áreas naturais na Bacia Hidrográfica do rio Santa Maria.

Graciela Marques Suterio

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009), Especialização em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Pampa (2013), Mestrado pelo Programa de Pós graduação de Ensino em Ciências pela Universidade Federal do Pampa (2017). Já atuou como docente na Educação Básica pelo Estado do Rio Grande do Sul e pelo Município de Uruguaiana; atualmente trabalha como técnica de educação de laboratório na área de biologia na Unipampa. Membra do TUNA - gênero, educação e diferença. Tem experiência em Biologia Geral, atuando principalmente na Educação.

Publicado
2022-01-28
Como Citar
PERONIO, Roni Mello et al. A MULHER NA SOCIEDADE: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA RECONSTRUÇÃO DO DISCURSO. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 6, n. 1, p. 231-240, jan. 2022. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://lexcultccjf.trf2.jus.br/index.php/LexCult/article/view/580>. Acesso em: 19 abr. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v6n1p231-240.
Seção
Dossiê Educação no Brasil: esperança, drama ou farsa?

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