EDUCAÇÃO DO CAMPO COMO PEDAGOGIA DA REBELDIA
Resumo
O presente ensaio versa sobre o lugar da Educação do Campo na desconstrução das concepções que desconsideram a humanidade dos povos do campo, das águas, das florestas e povos originários. Faz uma crítica ao paradigma pedagógico colonizador e ou capitalista do humano/inumano também como forma de expropriação dos direitos, do território e da cultura desses povos. Neste contexto, traz as vivências do Curso de Educação do Campo da Universidade Federal do Pampa, Unipampa, localizada em Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha do Rio Grande do Sul, região marcada pela presença de latifúndios e de grande concentração de terras. Busca um percurso dialético com os movimentos sociais e os grupos organizados da região, aprendendo com os mesmos, suas formas de (re)existências e promovendo a abertura dos espaços acadêmicos, para que esses conhecimentos possam ser apresentados pelos seus construtores e aprendidos pela academia. Procura na Pedagogia da Rebeldia, que tem como princípio a valorização e humanização desses sujeitos, o reconhecimento de suas formas de viver, ser e estar no mundo, inspirando a construção de ações educativas que se contraponham ao agronegócio e ao capitalismo. Neste sentido, algumas ações são promovidas pelo curso, com destaque aos Encontros Internacionais dos Povos do Campo e a criação do Conselho Comunitário, projetando assim um novo futuro quando estabelece o vínculo essencial entre formação humana e a produção material da existência numa matriz formativa agroecológica.
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