VIDAS NUAS NO ESTADO DE EXCEÇÃO: ENSAIO SOBRE A VIOLÊNCIA POLICIAL NO RIO DE JANEIRO

Resumo

O objetivo do presente ensaio é demonstrar a condição de via nua do cidadão no Rio de Janeiro, onde se percebe a radicalização das características do fenômeno nomeado  por Giorgio Agamben como estado de exceção, devido à legitimação da violência do Estado exercida à margem da legalidade. Neste contexto, os autos de resistência são um meio de garantir a impunidade dos agentes públicos que exercem a força policial. O texto traz dados estatísticos da violência policial no Brasil e no estado do Rio de Janeiro, além de explicar as categorias do pensamento de Agamben, interrelacionando-as com a realidade fluminense. O estudo empregou o método de pesquisa bibliográfico com a utilização de livros e periódicos, tendo como marco teórico as ideias filosóficas do pensador contemporâneo Giorgio Agamben. Conclui-se que o Rio de Janeiro vive uma situação de anomia na qual a lei perdeu força e a força é exercida fora da lei, privando o cidadão de seus direitos e garantias fundamentais.


 

##plugins.generic.usageStats.downloads##

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

##submission.authorWithAffiliation##

Doutor em Filosofia pelo IFCS, da UFRJ (2015). Mestre em Ciencias Juridico-Civilísticas pela Universidade de Coimbra, Portugal (2003). Bacharel em Direito pela UCP (1999). É coordenador adjunto do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Direito da UCP (Mestrado).

##submission.authorWithAffiliation##

Mestre em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP); Pós-Graduado em Direito Público com ênfase em Gestão Pública pela Faculdade de Direito Damásio; Pós-Graduando em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Pós-Graduando em Ciência Política pela Faculdade Estácio de Sá; Bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá (Juiz de Fora).

Tiago da Silva Cicilio

Bacharelando em Direito pela UCP/RJ (2019.2); associado à ANDHEP (Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação); desenvolve pesquisas na área do Direito, com ênfase em Direitos Humanos; pesquisador no grupo de iniciação científica Lei, Justiça e Direitos Humanos do Centro de Ciências Jurídicas da UCP/RJ

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. Trad. de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

___________. Estado de exceção. Trad. Iraci D. Poleti. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2004.

ANISTIA INTERNACIONAL. Relatório. Disponível em: . Acesso em: 1/8/2018.

Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Anuario_Site_27-01-2017-RETIFICADO.pdf. Acesso em 01.08.2018.

CANO, Ignácio et al. Impacto da Violência no Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 1/8/2018.

CONSELHO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS. Resolução n.º 08 de 21 dezembro de 2012. Disponível em: . Acesso em: 2/8/2018

Jornal da Câmara dos Deputados. Disponível em: http://www.camara.leg.br/internet/jornalCamara/?date=2015-10-08. Acesso em 02.08.2018

SOARES, Francisca Vergínio. A política de segurança pública dos governos Brizola e Moreira Franco – à margem da Nova Violência. Rio de Janeiro: Papel Virtual, 2002.

MISSE, Michel et al. Quando a Polícia mata: homicídios por “autos de resistência” no Rio de Janeiro (2001-2011). Rio Janeiro, 2013.

MISSE, Michel (Coord.). "Autos de Resistência": uma análise dos homicídios cometidos por policiais na cidade do Rio de Janeiro (2001-2011). Relatório Final de Pesquisa. Rio de Janeiro: Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflitos e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2011.

WAISELFIZS, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2012: novos padrões da violência homicida no Brasil. Disponível em: https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf
Acesso em 02.08.2018.
Publicado
2018-12-17
Como Citar
GOMES, Daniel Machado; DURÃO, Robson Cesar; CICILIO, Tiago da Silva. VIDAS NUAS NO ESTADO DE EXCEÇÃO: ENSAIO SOBRE A VIOLÊNCIA POLICIAL NO RIO DE JANEIRO. Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, [S.l.], v. 22, n. 43, p. 85-97, dez. 2018. ISSN 2177-8337. Disponível em: <https://lexcultccjf.trf2.jus.br/index.php/revistasjrj/article/view/83>. Acesso em: 22 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2177-8337.v22n43p85-97.