“COMO DIZER NÓS SENÃO COMO UM ‘SE’, IGUAL A TODOS E A NINGUÉM”

REPENSANDO A SOCIEDADE CIVIL À LUZ DO CONCEITO DE COMUNIDADE

Resumo

O presente artigo busca realizar uma investigação teórica da forma pela qual a pós-modernização da economia global, nas últimas décadas do século XX, produziu profundos impactos sobre as formas de organização sócio-política das comunidades humanas, provocando,mesmo,abalos algo sísmicos na forma estatal tal qual a conhecemos. Pensar nossa existência coletiva em termos de manifestações de conjunto ordenadas para o bem comum, penetradas por manifestações de um poder político, requer de nós hoje, portanto, um esforço de correção do entendimento. É necessário que recoloquemos as questões acerca da sociedade e do Estado num cenário em que um novo concerto de forças globais impõe que o econômico, o político e o social se sobreponham e se completem um ao outro na produção de riqueza. Reconhecendo que uma tal reflexão poderia abrir infinitas frentes de análise e problematização, propomos, para fins deste artigo, algo mais modesto - é nosso objetivo, a partir da leitura de autores que de algum modo afirmam a natureza relacional e dinâmica do sujeito coletivo, resgatar uma forma da nossa existência comum que recupere seu sentido originário de “comunidade” o que, segundo cremos, permite a realização da potência humana de forma plena, para além das regulações econômicas e de natureza política.

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Referências

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Publicado
2020-04-08
Como Citar
MONTEIRO, Mariana Lourenço. “COMO DIZER NÓS SENÃO COMO UM ‘SE’, IGUAL A TODOS E A NINGUÉM”. Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, [S.l.], v. 23, n. 47, p. 229-248, abr. 2020. ISSN 2177-8337. Disponível em: <https://lexcultccjf.trf2.jus.br/index.php/revistasjrj/article/view/325>. Acesso em: 23 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2177-8337.v23n47p229-248.