A PRESENÇA FEMININA NA MARINHA DO BRASIL: UM OLHAR ATRAVÉS DAS CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO ESPECIAL

Resumo

As discussões trazidas nesse estudo estão inseridas em torno do debate da presença feminina nas Forças Armadas (FFAA) brasileiras, como profissionais militares. O trabalho busca apresentar aspectos presentes nesse processo a partir da análise do perfil de profissional e de gestores responsáveis pela normatização, coordenação, execução e fiscalização de um programa social desenvolvido pela Marinha do Brasil (MB): o Programa de Atendimento Especial (PAE). O Programa integra a política de assistência social da MB e seu atendimento volta-se aos dependentes do pessoal da MB (servidores civis e militares) com deficiência, com faixa etária acima de cinco anos. Trata-se de um estudo com uma abordagem metodológica de cunho qualitativo. Os instrumentos de coleta de dados foram a entrevista semiestruturada e a análise documental. Os resultados apontaram o predomínio de profissionais do sexo feminino (17 dos 22 profissionais) no desempenho das atividades do PAE, o que destoa da realidade da presença feminina na MB (9,96%em 2016). Acredita-se que tal fato se encontra intimamente relacionado ao processo de feminização das FFAA do país, iniciado pela MB em 1980, quando reproduziu-se, na ocasião, uma divisão sexual do trabalho, ancorada em características tradicionalmente atribuídas aos papéis sociais de homens e mulheres, demarcatórias de esferas diferenciadas de atuação laboral. Pois, São profissões associadas a dimensão do cuidado que preponderam na formação profissional dos sujeitos atuantes no PAE.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

Não há dados estatísticos.
Publicado
2018-09-06
Como Citar
MOREIRA, Nádia Xavier. A PRESENÇA FEMININA NA MARINHA DO BRASIL: UM OLHAR ATRAVÉS DAS CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO ESPECIAL. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 2, n. 2, p. 83-101, set. 2018. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://lexcultccjf.trf2.jus.br/index.php/LexCult/article/view/76>. Acesso em: 24 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v2n2p83-101.