DISPOSITIVO DE COLONIALIDADE NO BRASIL: VIDAS MATÁVEIS NO INTERIOR DAS COLÔNIAS
Resumo
O presente artigo discorre sobre a condição de existência do negro e do indígena imposta pela escravidão no colonialismo brasileiro, que resulta naquilo que denominamos de dispositivo de colonialidade, dispositivo esse que passa a ser a regra dentro das colônias. Esse dispositivo é uma maquinaria de morte que será fundamental e basilar na economia e na formação da sociedade colonial. Ele consistirá em ações deliberadas de fazer morrer o corpo negro e indígena. Para atingirmos nosso objetivo, nos apoiamos nas obras de Achile Mbembe, Michel Foucault, Giorgio Agamben, Frantz Fanon, Jaques Derrida, Enrique Dussel, Suely Carneiro, entre outros autores. Como resultado, constatamos que o dispositivo de colonialidade operou como uma tecnologia de morte da população negra e indígena, sendo central na produção dos mecanismos de subjetivação da sociedade baseada no escravismo. No interior das colônias, predominou uma política racista de violência mobilizada pelo aparato estatal que impôs à população negra e indígena zonas de exceção e consequente aniquilação desses corpos, transformando-os em vidas matáveis.
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